grupelhos de volúpia (bijari)

grupelhos de volúpia (BIJARI/SP)

Eu queria todos eles juntos. Mas cautelosa, tinha que

agir com o rabo da ponta dos dedos e precisava de uns

milagres em forma de calafrios – eram amigos do meu

macho. E havia um caso de pacto entre homens de libido

frouxa correndo solta: eram sócios na firma de publicidade,

mas não no amor.

Eu precisava de um caldeirão de oxigênio e minha

tarefa era pegá-los todos juntos, mas teria primeiro que

seduzi-los um a um e depois convencê-los a ficarem todos

juntos comigo. Eu queria uma desagregação, uma

experiência imersiva, uma destruição parcial da fortaleza que

representavam. Eu era a ensandecida que sempre gostou de

causar desordens e fugir em seguida. Eu a cópula excusa, eu a

fuga. Era isso que estava em meus planos. Queria sumir.

Antes disso, foder com os dez garanhões, uns por cima dos

outros, uns por debaixo dos outros, mas definitivamente

todos dentro de mim. Nem dúvida nem erro.

Primeiro construí um projeto de vídeo, precisava de

cada uma de suas especialidades. A filmagem, a edição, o

som, a animação, o clip, a capa, o desenho, a mordida, a

gravação, a esfregação. Todos tinham que ver o vídeo, suas

especialidades delicadamente pensadas por cada veia do

meu corpo. Sabia também que não adiantaria eu posar de

femme fatale ou de atriz pornô, pelo simples fato que

trabalhavam com mulheres bonitas o tempo todo, modelos,

cantoras, atrizes… O meu diferencial teria que ser algo que

eles não tivessem tão acostumados e que os pegasse pela

ternura e pela intimidação. Queria que eles sentissem como

menininhos intimidados pelo tamanho da bunda da tia

quando ela arranca a saia e mostra o biquíni branco que

trazia para quando parassem na praia. Aqueles olhos de

conquistador cossaco que tira os óculos redondos para poder

ver o terreno que gostaria de conquistar no dia seguinte.

Queria a fragilidade de uma pica ereta na praia, uma pica que

se sentisse para sempre pequena diante das minhas ancas.

Era minha única chance, mostrar que minha bunda, meu

rego, a curva da entrada da minha barriga eram muito mais

fálicas do que os dez pintinhos juntos, os dez que passavam o

dia em um galinheiro de telas brilhantes, ciscando,

enredados na trama que tinham que forjar de desejo e

consumo pras marcas dos celulares, da coca-cola, da grife da

moda e muito mais.

Eu era a antipop por excelência, a que estava

deliciosamente excitada com aquele ativismo competente e

publicitário, panfletário pra caralho e que fazia 36 cm de

sentido. Senti que era má: maquiavélica, maligna, malcriada,

maledicente, mal informada, masculina e maculada. Mas os

queria mesmo assim, desde o mais baixinho até o mais

grandão, todos com seu circuito particular, articulados,

fazendo festas de bar, de boate, colocando imagens em dez

projetores de uma só vez, bebendo champanhe enquanto

mostravam polícia batendo povo pobre e sombras

desconhecidas atirando granadas. Paradoxo me excitava, me

deixava louca e perplexa com os movimentos do próprio

desejo próprio.

No teu lugar para todas as coisas, o que você faz com a

volúpia? Pensei lisérgica, pensei na arte picante do mar com

salitre, invoquei aquelas bruxas queimadas – me ajudem,

vassourinhas, me ajudem a dar pros dez, me ajudem que é

isso que meus pentelhos negões querem. Elas me ouviram do

centro das fogueiras torpes e fizeram meu umbigo ter cheiro

de condão. Eu consegui a simultaneidade que eu queria, dez

Maurícios, dez belos Geandres e cabelos Araújos misturados

com Eduzais, dez bate-estacas fincadas na minha finca.

Obrigada meu Santo Agostinho. Quer saber como foi tudo?

Pão, champagne Tenutta Santa.

De saída falei: sou a curadora. Eles todos estavam

escalados, mas as mulheres eu elegeria por puro poder de

cura. Queria a franzina, a maluca que faz cinema, a bonitinha

das artes plásticas, alguma medusa, algum ouriço. Sonho?

Dos dez sobrou 16 e fomos para um motel levando mais duas

putas que desfilaram na Glória no desfile da DASPU, o

Mauricio Lazzaratto, o gordo do bar de Llançà, a Pascale que

faz teatro e uma toda bonitinha que pinta, esculpe, escapa e

tem nome de fada. Todos os dezesseis de pele branca, com

mãos de pelica feitas para se dar, de ventre solto.

O filme tinha ativado: tinha pré-filmado seis picas de

tamanhos diferentes e meu dildo negro, retinto, todas em

pequenos movimentos de fluxo e contenção.

Película e cutícula, as glandes hirtas em minha língua – é que eu era a

rainha do encontro, haviam as outras mulheres, mas eu

centrava, sentava, arrebitava, arfava, torcia a roupa

ensaboada. Eu era discreta, um diadema na cabeça, ancas

pequenas, troncuda, cheia de desabafos na hora do coito.

Eu tinha os dez e mais seis e só não veio o garçom junto

porque era tímido demais para adentrar o clima da revolução

instaurado nas beiradas de cada esquina da cama, da piscina

de água quente e da cachoeira artificial, das beiras das conas

e dos cus e das beiras dos paus eretos mais abertos do que

nunca. Tive vontade de dizer-lhes que tudo era um sonho,

que nada importunaria a sinapse do próximo dia, mas calei

minha volúpia visionária com a boca enfiada no pau do

Cabelo. Mas não era sonho, era só uma frieira de excessos, os

termômetros requentados; era só meu desejo agachado de

achatar o que está redondo – perfurar. No meio daquela noite

ereta, elétrica e etérea eu perdi a conta de quantos bijarildos

balançaram em meus quadris.

Ela sempre fora desexaminada, leoa de chácara, vira-lata, taquílala e secreta

debaixo de longas saias coloridas que arrastavam até o chão.

Mordi os dentes a noite toda que eu era uma velha brasileira.

Minhas unhas não têm forma de pelicano, bebo champanhe,

balanço os pés.

No dia seguinte, como se tivéssemos ribossomos em

forma de quatro mil famílias, ocupamos em volúpia

incandescente uma fábrica de tecelagem abandonada na

Avenida Prestes Maia.

Por Fabi borges e hilan bensusan

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Pedido de textos sobre compartilhamento de privilégios

Pedido de textos sobre “Compartilhamento de Privilégios”

Se quiser mandar pro esquizotrans, a gente publica!!  esquizotrans@gmail.com

Ontem (31/3/2016)  durante o “Não vai ter Golpe” aqui em Brasília tivemos uma discussão eufórica sobre essa questão das “mulheres brancas” que tem levado sucessivas malhações por causa do seus privilégios e protagonismos. Eu cheguei a uma conclusão, e não é de agora, que está faltando mais textos generosos, pedagógicos, que expliquem como esses privilégios e posições protagonistas podem ser compartilhados, multiplicados. Como podemos usar nosso espaço de fala e de ‘poder’ para dar lugar para que outras protagonistas, mulheres de outras etnias e mais vulneráveis ao racismo e ao preconceito possam amplificar o seu lugar de enunciação? Sei que isso não se refere somente as mulheres, mas aos homens também, e a todos que tem privilégios.

Não concordo que o protagonismo das “brancas” deve ser silenciado, muito pelo contrário, vemos como a primeira presidenta mulher desse país não consegue governar, e apesar de todas as questões políticas e polêmicas e traiçoeiras que envolvem seu governo, podemos ver o quanto ela particularmente é atacada constantemente com propagandas misóginas, machistas, e o quanto deve ser difícil negociar com aquele bando de raposas velhas do Brasil colonizado. A luta das mulheres brancas ainda não equalizou nem os direitos nem os poderes.

A violência é uma linguagem, e eu particularmente, como meus amigxs e inimigxs bem sabem, sou adepta. É com muita violência e intransigência que abro meu próprio caminho, então compreendo a linguagem da violência, da vingança, da revanche. Mas por outro lado, minha experiência ao longo desses 40 anos tem mostrado que quebrar as pernas dxs aliadxs é um grande tiro no pé. Não se destrói quem está do seu mesmo lado no campo de batalha.

Viver num país racista e extremamente violento é problema de todxs nós, e não consigo entender quem se sente confortável em viver num lugar de tanta desigualdade e tanta subjugação. Talvez com a história dos raivosos verdes e amarelos na rua, consiga entender um pouco melhor.

Eu sei que parece ingênuo o que tô falando. E me sinto idiota em ter que fazer esse pedido. Até porque imagino que o protagonismo das mulheres negras/e outras etnias devem vir delas próprias, e elas devem abrir caminhos do seu próprio modo. Não precisam pedir espaço, nem fala para quem quer que seja, elas precisam abrir espaço do jeito que lhes dá ganas. No entanto o assunto é complexo. Como esses eventos de constrangimento e agressão tem crescido, e por eu ter sido alvo, várias vezes, desse tipo de malhação: “O que vc mulher branca pensa que é para falar universalmente”? Baixa teu facho!! E isso vem de homens também aliás, em muito maior número do que propriamente de mulheres ativistas de outras raças, o que nesse sentido deixa muito evidente que estou longe de abrir mão desse espaço. O que espero então, é que a gente invente outras coisas aqui no Brasil, para além do feminismo racial americano. Que fica ditando qual é a última moda na luta de raças.

Vejo nessa linguagem violenta contra as “mulheres brancas” um pedido de abre alas, e ele é necessário, mas acho que os pactos e acordos devem ser construídos, para que a raiva e o ódio não acabe por montar mais uma luta racial, ao invés de tentar ir transformando essa realidade, na medida em que podemos. Porque se for guerra por guerra, daí nós vamos nos digladiar, por que só tem guerreira pra todo o lado. É todo mundo guerreira aqui e também cheia de raiva. SAI DA MINHA FRENTE!!!! Chega de voadeira que vai ter brutalidade, e vai voar braço e perna pra todo o lado.

De modo que, fica aqui o pedido explícito de que venham esses textos, pedagógicos, explicativos (NÃO AMERICANOS, PLEASE) de como o poder social das “brancas” podem ser espaços de multiplicação para outras vozes e protagonismos. E o que temos que fazer para usar esse poder para abrir esses espaços de mais protagonismo de outras raças. Por enquanto é isso!!!!

Se quiser mandar pro esquizotrans, a gente publica!!  esquizotrans@gmail.com

Fabiane M. Borges

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A Corrida pela Antena

Texto completo em pdf – Corrida pela antena2

A corrida pela Antena
Sobre o antropocentrismo e o antropomorfismo siderais
Por Fabiane Borges e Hilan Bensusan
O espaço sideral é destamanhado, cheio de matéria e vazios, algo que pode ser
descoberto, viralizado, como se viraliza países e corpos, com significados,
máquinas, reprodução. O espaço entre as moléculas também é destamanhado –
povoado de corpos e buracos com suas funções, estruturas e gambiarras. Cheios
de tecnologias imanentes, cheios de xamãs, cada um com uma frequência de
onda.
Há disputa de desejos também nesses terrenos. Tudo o que existe tem um plano
singular para o mundo, seja de domínio, seja de expansão, seja de
auto-aniquilamento, seja de composição e transformação de si. As maçãs, as
moléculas, os vírus. Todo o tipo de engrenagem se processa na conquista de mais
Espaço. Esses pontos de vistas demarcarão as novas Terras os novos Espaços,
conforme sua habilidade para exercer seu desejo. No espaço sideral há partículas
de antenas, e portanto partículas de governos, partículas de desgovernos, assim
como partículas de colaboração e afeto, planos que nem sempre conseguem
andar juntos, que não raro guerreiam. Se disputa escuta, faro, demarcação.

Na órbita da terra, em seu primeiro satélite – a Lua – duas selenitas conversam.
São aglomerados de antenas e outras artimanhas de captura feitas de basalto,
titânio e anortita. São antrópicas, de causa humana, feitas quase que a imagem e
semelhança das marcas que os terráqueos deixaram nos mares lunares. Elas são
marcas do antropoceno na Lua. Pensam a Terra sob o jugo semântico dos seus
colonizadores ainda que tomem partidos diferentes diante de suas propulsões.

Continuação: Corrida pela antena2

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Esquizotrans trocado em miúdos

https://archive.org/details/entrevista-esquizotrans

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Entrevista para revista Continente

Por Priscilla Campos para Fabiane Borges

Para ler na íntegra, aqui: entrevista-revista-continente

3) Quais são as definições do pornoterrorismo?

Eu, Carola Gonzáles e Ana Girardello estamos traduzindo o livro de Diana Torres (Pornoterrorismo) para o português, que pretendemos lançar ainda em 2015. As principais linguagens são: escrita, performance, vídeo e intervenção (urbana, pública, em encontros). Os conteúdos ou definições são complexos, mas existe a ideia do desvio do terrorismo político para a sexualidade, apontando ao mesmo tempo uma crítica contra a fabricação de terroristas por parte dos Estados e meios midiáticos, e também uma provocação a sociedade em geral, ao produzir uma sexualidade feminista ativa, agressiva, que relaciona o erotismo com os estados de guerra e de violação com o qual convivemos, para criar tensão e pensamento.

Afora a questão do terrorismo, existe uma busca pela inversão do projeto de mulher produzido pelos homens historicamente, então essas aparições agressivas surpreendem as pessoas, pelo excesso de honestidade e também de diversidade. Um dos trabalhos que mais gosto é quando o pornoterrorismo juntou dezenas de mulheres para se masturbar em praça pública em Barcelona, dizendo que as mulheres deveriam se masturbar do modo como elas faziam sozinhas, e só pararem quando gozassem. Esse ataque estético parece inocente, se não fosse um legítimo terrorismo, já que não se espera que as mulheres se masturbem de modos tão diferentes dos que os propagados pela cena pornográfica heteronormativa. Tem também a questão da vingança histórica, a vingança contra os gozos trancados de suas avós, as que eram subjugadas a uma sexualidade de machos, de modo que conclamam o nome de suas antepassadas e se masturbam ou transam publicamente oferecendo o gozo como uma oferenda. É um sacrifício tudo isso, e uma glória. É uma sexualidade publicizada, na linha da pornografia, mas que trata o gozo de modo feminista, mostrando abertamente erotismos, fetiches, desejos sexuais que não estão protocoladas no cardápio da cena erótica habitual. O lesbianismo, o amor entre mulheres é uma questão preponderante no caso do que conheci na Espanha, que mistura o cuidado e a delicadeza com cenas muito fortes ligadas a perfurações, múltiplas penetrações, bondage, travestimento. Em meio a essa cena lésbica decisiva também tem a produção de grupos heterosexuais, transexuais, trangêneros, queers em geral.

Gosto muito do aspecto colaborativo entre essa rede, os eventos, os encontros, as sex parties. Na verdade isso tudo faz parte de um processo, já que são muitos anos de militância e o movimento foi mudando de cara ao longo de todos esses anos. Hoje em dia as participantes do evento pós pornográfico já atuam em outros espaços da sociedade, seja na arte, na academia, no mercado, elas deixaram um legado potente em literatura, vídeo, mídias para as novas gerações. Algumas delas continuam trabalhando com feminismo, sexualidade de forma muito intensa ainda como o coletivo Post-op que atua com pós pornografia com pessoas com deficiências físicas ou mentais, fazendo projetos de desenvolvimento sexual com elas. Diana Torres que acabou de lançar seu novo livro “Coño Potens” e continua com a mostra marrana (mostra de cinema pós pornográfico), Quimera Rosa que está atuando com body noise e relação transespécie, Maria Llopis que está na campanha e publicação do livro “Maternidade Subversiva”, entre outras não citadas aqui, ou seja, muitas delas continuam super potentes e produzindo materiais relacionados ao pós porno. Beatriz Preciado (agora Paul Beatriz Preciado), é uma grande teórica desse movimento, que inspira muita gente a se aventurar nas delícias da pós pornografia. Ela as vezes tem problemas com ativistas por ser acadêmica, mas ao meu ver é uma das melhores acadêmicas que existem, pois sua vida e seu pensamento se sustentam com sua própria experiência, trazendo à tona vivências pessoais para pensar a sexualidade contemporânea, o que é pouco comum no meio acadêmico. O cricricri dos descontentes é inevitável.

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TECHNOMAGIC

TECHNOMAGIC – A SOCIAL FICTION

To yupana kernel

By Fabiane Morais Borges

Translated by Pedro Machado Salazar

Reviewed by Rakhee Kewada and Lívia Achar Mourão.

The Antenna-Zombie is in danger, he is not able to talk anymore. Eyes with shades, ears longer than the usual, a kind of fatigue of the ears. Mouth frowning, rare smiles. A fear of any interferences. Follows too many signals, hears too much information, doesn’t know how to make it fit into his body. Only one body is not enough and he gets weary. Maybe it is because the body empties itself for protection. And how to make an empty body sustain itself?

The body battered from the excess of frequencies. Everything he listens to is fragmented even if it is whole. Either it is the link, the satellite, the music, the latest discoveries, the latest wars, the open code, more links and he will not stop coding – his only way of communicating with the machines. A lot of new language to interpret. Roll your fingers on the screen and fabricate your digitophagy, your digital antropophagy. He eats so much data and becomes obese! Reticent, the Antenna-Zombie starts to doubt words, thinking they are tasteless, boring and weak. Your words don’t activate my matter! He thinks like a clever cat: matter doesn’t need so many words. That is why he only speaks through the fingers and can not do more than mumble. He communicates through links, codes and his intelligence manifests itself in the quality of the data he sends. The ones who have ears to listen, hear the Antenna-Zombie speaking abstract codes like the ones who speaks of metaphysics. Metaphysics is itself abstract coding, of a different series. And human beings are also abstract codes, of yet another different series. Everything that exists sounds like abstraction. The Antenna-Zombie sees everything in fragmented frequencies.
When his intelligence stretches to the point of blowing up his individuality, he certifies his extension gain, but instead of incorporating it, he dissolves. He knows about the Matrix, knows it is not about science fiction. He constantly sees himself in the role of Neo, who is brought at great speed to the abismal place where his body really is when he swallows the red pill. It is not in the city, not even in his bed, but in a gooey tank where tubes down his throat extract his vital energy in order to feed the big web. The pill guarantees neither happiness, nor a liberation. It is painful understanding that his life is a fiction. That is how the Antenna-Zombie feels. His whole life has been stolen: the magnetic fields of his electrons, his electric charges, his most poetic production, his intuition. That is the reason for the stretching, because it hurts him to let go of the cables, the wires, of all the traps that cover his skin. He does not sleep anymore, he wakes up startled. His anxiety is a constant alarm clock. He is always scared and suspect of any intensity.

Dark circles under his eyes the Antenna-Zombie is someone with gravity, with heavy steps as if he is an old person, his head leaning to the side as if he has a twitch, following the impulses and soon giving up for excess of demand, for not having control of commands, for being scared of the dark from the outside of the house, fear of the rain, fear of the evil inside the thoughts that think him. Talking costs too much. The scars still hurt and he fears that if he insists more on the big web, he will be consumed by it. And disappear.

…..

Para continuar:
http://catahistorias.files.wordpress.com/2014/05/tecnomagia-traduc3a7c3a3o-ingles1.pdf

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Madrugada de Deus

Texto inédito de Fabiane Borges e Hilan Bensusan

MADRUGADA DE DEUS

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Sex and Panic

http://pt.scribd.com/doc/186687424/Sex-and-Panic

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A Crise do Homem e o Atendimento do SUS

Esse texto foi escrito para o Caderno de Atenção Básica sobre Saúde do Homem do Ministério da Saúde em 06/2013, mas não foi aceito para publicação por seu caráter literário e poético, o Ministério da Saúde, mais precisamente o Departamento de Saúde do Homem queria algo mais técnico.

É a história de um homem que anda na borda, próximo a uma terrível crise ou surto e precisa de ajuda. Mas os ambulatórios e postos de saúde não lhe convencem a iniciar um tratamento, porque teme que será castrado quimicamente. Ele então precisa fazer uma escolha, ou sucumbe no abismo do mundo, ou sucumbe dentro das instituições farmaco-pornográficas.

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Um pansexualismo esquizotrans em corpo vadio

Uma etiologia do delírio pansexual

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